sexta-feira, 8 de maio de 2020

AS VARAS OU VARAPAUS QUE OS LAVRADORES MINHOTOS E OUTROS HOMENS USAVAM ANTIGAMENTE.

Antigamente no meio rural minhoto era generalizado o uso de uma vara ou varapau por todos os lavradores. Levavam-na para as feiras ou romarias ou quando se deslocavam para outras terras. Constituía um apoio para ultrapassar obstáculos e arma de defesa para afugentar animais ou até para se defender de assaltos que haviam também então. 
A vara ou varapau podia ter na ponta um aguilhão ou um ferro aguçado para picar ou conduzir o gado bovino ou cavalgar. O lavrador abastado ou mesmo a burguesia usava a vara ou o varapau com o tal agulhão, mas era uma vara ou varapau de madeira mais fidalga e mais forte revestida nas pontas com um tubo de ferro mais ou menos comprido, mas só uma ponta tinha o tal aguilhão. A finalidade deste era o mesmo das varas dos lavradores e servia muitas vezes para cenas de pancadaria. Estas varas mais rijas serviam para destroçar todas as outras varas devido fragilidade da madeira das mesmas. Mas também já havia lavradores que tinham também essas varas de boa madeira e bem reforçadas. Este adereço masculino tinha a sua simbologia. 
As varas ou varapaus também se vendiam nas feiras, pois muitos homens desconheciam a dureza de certas madeiras. A vara ou o varapau com aguilhão era mais personalizado. Os interessados nas varas ou varapaus os encomendavam aos serradores e lhes pediam para serem da melhor madeira e da sua preferência. A expressura era ou devia ser apropriada á estrutura das suas mãos para maior agilidade e destreza. O comprimento tinha a ver com a sua estrutura física e também com a sua posição de apoio e descanso em pé.
 Os ferreiros eram que então aplicavam as pontas férreas com variáveis consoante o gosto pessoal. Em Fafe eram famosas essas varas ou varapaus ainda hoje são recordadas pelas lutas que eram travadas naquela região não é por acaso que havia e há um slogan que ainda hoje se ouve dizer; COM FAFE NINGUÉM FANFA.

quinta-feira, 7 de maio de 2020

AS CRIANÇAS NO FOLCLORE

Quero deixar aqui a minha opinião, sobre um assunto que se não fosse a pertinência do mesmo, diria ser nojento, pela maneira como está a ser exposto e do aproveitamento de baixo nível que está a ser feito: Os grupos e ou/ranchos infantis!

Em relação a este tema, é de meu entendimento o seguinte: As crianças fazem parte da sociedade (era o que faltava se assim não fosse), podem e devem fazer parte das recriações nos grupos de folclore ou folclóricos. O nome é subjectivo, podem chamar o que quiserem aos grupos formados só por crianças, no meu entendimento não é relevante, tal como o nome adoptado pelos grupos de adultos, o que conta e que deve ser levado em linha de conta é o conteúdo e a essência do próprio grupo. Ou alguém pensa que um ajuntamento de pessoas ou de forma mais pomposa, uma associação, tem mais valor ou estatuto só por se chamar " Os bonitinhos de Alguidares de Cima" em vez de Rancho ou Grupo de Folclore?

Um grupo formado só por crianças ou as crianças integradas num qualquer grupo adulto, devem ser representativas da vida das crianças de antanho. Devem representar/recriar as brincadeiras, os jogos populares, as modinhas, as lengalengas e trava-línguas tão usuais nesta faixa etária. Os meninos devem trajar-se tal como acontecia na época que representam. Agora ter um grupo de homens e mulheres em miniatura... Nunca! Isso é brincadeira e não tem nenhum carácter representativo porque estão a desvirtuar a verdade histórica.
Nota; Estas fotos não fazem parte do texto do autor, foram adicionados pelo responsável do Blogue.
Chamem-lhe escola, grupo de brincadeiras, rancho infantil... o que quiserem, desde que cumpram os pressupostos atrás enumerados. Tudo o que for transversal a isto é agir de má-fé e tentar denegrir o folclore. Há gente que aqui coabita que alimenta o movimento dos desalinhados e se alimenta dele, porquanto o organismo que representa o folclore em Portugal lhes tira o sono. Não gostam não provam, não devem falar daquilo que não lhes diz respeito, porque isso é falta do mesmo.
Nota; Estas fotos não fazem parte do texto do autor, foram adicionados pelo responsável do Blogue.



Vamos deixar de falar vagamente e criar guerrinhas desnecessárias, o folclore é quem perde. Se acham que algo está mal, denunciem, chamem os "bois pelos nomes" e que se discuta perante os factos o que se pode ou não fazer.

Esta é a minha opinião, tão somente isso, mas que julgo ir ao encontro de muitas opiniões convergentes que alinham pelo mesmo diapasão.


Texto de opinião de; Custódio Rodrigues 
Nota; Este texto foi encurtado um paragrafo pedimos desculpa ao autor mas optamos por não o publicar porque podia haver pessoas que não gostassem da linguagem utilizada .