segunda-feira, 28 de abril de 2014

Superstições e Crendices



Muito se tem falado que nos usos e costumes e tradições dos nossos antepassados havia uma crença nas mesinhas, rezas e benzeduras.
 A crença nessas coisas derivava no facto de naqueles tempos não haver medicina científica, ela apareceu já mais tarde e nos grandes centros populacionais. Todos sabemos que mesmo hoje a ciência médica está em constante evolução, mas nos tempos remotos do passado a cura das doenças fazia-se por vias de rezas benzeduras e chás mas também havia muitas superstições, as pessoas tinham medo á sua própria sombra, aqui se vai apontar algumas dessas e como as pessoas as curavam.

No âmbito das superstições e crendices, as rezas e benzeduras eram utilizados principalmente para curar doenças e afastar os males. Para muitos, elas eram e ainda são mais eficazes que os remédios da “medicina científica” (por contraponto com a “medicina popular”). Existem benzeduras para quase tudo: cobreiro, sapão, quebranta, espinhela caída, dor de cabeça, etc., tal como há rezas com os mais diversos objectivos: para conseguir casamento, para dormir, para ser feliz, para abrandar os mais exaltados, etc.
Na Vila de Serzedelo Guimarães ainda hoje é costume ver lá numa capelinha que existe de (S. Bartolomeu) bastantes casais, pais com os filhos que estão a iniciar a dar os primeiros passos a fazer promessas cuja promessas consiste dar três voltas á capelinha coma faca de madeira do santo na mão da criança e bater outras três vez com a cabeça da criança levemente na porta da capela e dar comer e beber ás crianças no local e deixar o resto dessa comida e bebida na pequena pia lá existente ai a promessa fica feita. Segundo os crentes a criança começa logo a andar nos próximos dias.
    Tradicionalmente, existe todo um universo de crenças, que permanentemente ameaçam as pessoas. Uma das mais temidas é a do "mau-olhado" que leva a toda uma série de sintomas e malefícios. A "doença" típica provocada pelo mesmo é o "quebranto", onde o atingido tem perda da vivacidade, olhos lacrimejantes, sonolência entre outros.  A cura só se dá através de muita benzedura. A zipela como lhe chamavam antigamente era uma alergia que aparecia no corpo em que o corpo ficava todo vermelho ai a Zipela era talhada com um ramo de oliveira molhado em azeite e o curador/a prenunciava algumas frases na reza. Outro exemplo era o tesoure-lho (uma dor no pescoço que não deixava o mesmo mover porque logo havia dor horrível) ai era colocado o jugo dos bois no fim do trabalho dos mesmos e ainda quente três dias seguidos.
Para acabar com o medo de uma criança devia a mesma comer uma cabeça de galo atrás da porta.
Segundo a crença popular, não se deve brincar com a própria sombra, pois pode "trazer doença", nem contar estrelas, pois faz nascer verrugas também conhecidas por “cravos”. Deve-se evitar ter em casa búzios e caramujos ou barcos em miniatura, pois os mesmos “chamam" males. Borboletas pretas, mariposas, morcegos e cobras são animais peçonhentos que representam mau agouro, pois foram criados pelo diabo.
Se matar gatos traz sete anos de atraso na vida, já uma rapariga que pisa em cima do seu rabo não casa.
Estes são apenas alguns exemplos das infindáveis superstições e crenças que faziam e ainda fazem parte do quotidiano de muitas comunidades, particularmente as rurais, por vezes ditando normas e condutas sociais.
Usos, Costumes
Usos,

domingo, 6 de abril de 2014

A Representação Etnográfica e Folclórica e…..os Lóbis.



Muito se tem falado ultimamente nas representações de grupos e ranchos de folclore, mas claro acho que essa representação não se baseia só nas danças e cantares mas também mas no trajar e tem havido uma grande discussão á volta disto, principalmente sobre grupos e ranchos folclóricos do Minho.


 Sabemos que o Estado Novo se aproveitou do folclore de uma maneira errada para mostrar aos povos das outras nações do mundo que afinal não era bem assim o que diziam sobre a vida dos portugueses, queria mostrar que o povo vivia bem e até tinha grande riqueza, promoveu a mostra do ouro e os trajos que nada tinham a ver com as vivências usos e costumes dos nossos antepassados, tudo isso era mentira, pois fomos sempre um povo pobre humilde e trabalhador.
Claro com isso se aproveitou um certo comércio sem escrúpulos para vender essa mentira aos turistas que nos visitavam e ganhando muito dinheiro, mas será isso que devemos agora em liberdade continuar a passar essa mentira?

Acho que não. Ainda há dias vimos na TV que certo comércio sem escrúpulos e não olhando a meios a se revoltar por certos grupos e ranchos corrigirem essa mentira preferem continuar a esquecer as vivências dos nossos antepassados para ganhar dinheiro, quanto a mim acho isso muito errado porque UM POVO QUE ESQUECE O SEU PASSADO NÃO TEM FUTURO.
Por isso pergunto será correto as pessoas responsáveis pelo movimento folclórico em Portugal se deixem embarcar nesse barco pirata? Mas é com tristeza que noto que isso é uma realidade pois muita gente responsável do movimento folclórico está a ceder a esses lóbis do comércio em troca de uma comissãozinha e alguns até se tornam agentes comerciais promovendo a venda trajos e adereços que mais não são uma aberração e uma mentira.
Todos temos visto na comunicação social que há muitos países do mundo a fazer um esforço enorme para recuperar as suas vivências usos e costumes e tradições e o nosso Portugal fazendo tudo como sempre ao contrário. Acho que as pessoas honestas e as que estudam o nosso passado e mesmo aqueles que de uma forma apaixonada estão no movimento folclórico, devem vir a terreiro e denunciar estes lóbis pois é nosso dever pugnar pela verdade ou então corremos o risco e ceder aos lóbis e enganando os nossos vindouros fazendo-lhes crer que em Portugal eram todos ricos e que ninguém precisava de trabalhar e que era só cantar e dançar e gozar.