quinta-feira, 31 de maio de 2012

A História das palavras “Etnografia, Folclore, Cultura e Tradição"


 Estas palavras derivam da união de dois vocábulos gregos: ethnos ( que significa “povo”) e graphein (que significa “grafia”,”escrita”,”descrição”, ou melhor, “estudo descrito”). Logo, etimologicamente, a etnografia é o estudo descrito de um povo.
Note-se que digo “ de um povo “ e não “ do povo”, pois aqui o termo “povo” não é usado no seu significado social ( isto é, não se refere a uma camada social, a uma classe social ) mas sim significando um conjunto de indivíduos unidos entre si por laços comuns , histórica, cultural, religiosa, social, etc.
Mais particularmente poderemos dizer que a etnografia é a ciência que estuda e descreve os agregados populacionais. E sendo assim, a etnografia descreve e estuda o povo de um dado país, de uma dada província, de uma dada região, de uma dada comunidade, etc...
      A etnografia é uma das várias ciências auxiliares de antropologia.
A palavra “antropologia” é, igualmente, composta por dois vocábulos gregos: anthropos ( que significa “homem”, a espécie animal homem ) e logos ( que significa “ conhecimento “ , “ estudo “ ). Portanto a antropologia é a ciência que estuda o homem em geral, o homem total - desde o seu especto físico á sua cultura, á sua maneira de ser e viver, á sua organização social, etc...
Mas, como o homem é um ser duplamente físico e mental - e, também, um ser social - a antropologia estuda-o sob esses três aspectos. Há, assim, uma antropologia geral que se divide em dois grandes ramos: a antropologia física e a antropologia cultural ou social. ( há já hoje até alguns antropólogos que consideram que existem paralelamente.
Uma antropologia física, uma antropologia cultural e uma antropologia social, fazendo, portanto, uma distinção entre antropologia cultural e antropologia social). Mas, aqui, neste pequeno caderno de divulgação, usarei a divisão clássica, geralmente aceite, da antropologia geral nos   dois grandes ramos - antropologia física e antropologia cultural - dois ramos, aliás, que constituem duas ciências se não diferentes, pelo menos com campos de estudo e objectivos diferentes.
A antropologia física não estuda o físico ( o organismo ) do homem - tarefa e objetivo da medicina - mas sim o seu especto físico, ou seja, o homem somático, ou melhor ainda, as características físicas particulares a cada raça ou grupo ético: a configuração do esqueleto, o formato do crânio, a maior ou menor abertura do ângulo facial, a cor da pele, a textura dos cabelos, a implantação dos maxilares, a maior ou menor abertura e o formato das órbitas oculares, o formato das fossas nasais, a distribuição de adiposidades, etc...
 Em contrapartida, a antropologia cultural - a que também se dá o nome de etnologia - estuda o homem como produtor e transportador de cultura e ainda a maneira de viver de cada raça ou grupo ético. ( os antropólogos que fazem a distinção entre antropologia cultural e antropologia social consideram que a primeira estuda o homem como produtor de cultura, isto é aquilo que ele produz tanto de material como de espiritual, enquanto a segunda estuda o homem como ser social, ou seja, as formas, sociais particulares de cada raça ou grupo étnico).
Um pouco de história - a palavra folclore é a forma aportuguesada da palavra inglesa folklore, palavra, aliás composta por duas palavras de origem saxónica: folk ( povo ) + lore ( tradição ). Trata-se de uma palavra que foi usada pela primeira vez em 1846 pelo arqueólogo inglês William John Thomas .

Folclore com Etnografia

Muitas pessoas confundem folclore com etnografia ou com etnologia crendo que se trata da mesma coisa. Ora, não é inteiramente assim.
 A etnografia e o folclore só têm de comum entre si a metodologia que é igual para uma e para o outro.
 Quanto á etnologia e folclore, a diferença que existe entre uma e outra é a seguinte: enquanto a etnologia estuda actividades e objectos concretos, materiais, o folclore estuda actividades e objectos espirituais e artísticos, tradições, usos e costumes, etc...
Assim, poderemos definir o folclore como sendo a ciência etnológica ( ou auxiliar da etnologia ) que estuda os usos, costumes, tradições espirituais e as expressões orais e artísticas de um povo ou de um grupo étnico evoluídos. Usar nesta definição a palavra “ evoluídos “ é absolutamente necessário pois que só os povos evoluídos têm folclore uma vez que os povos primitivos têm a sua própria cultura.
 Quer isto dizer que o folclore estuda os usos, costumes e as tradições milenárias e seculares de povos cujos padrões de vida deixaram de ser primitivos. Por exemplo: um batuque no interior da África, uma doença ou uma canção da Polinésia, etc..., não são folclore são cultura ao passo que uma romaria nortenha ou saloia, o fandango, o trajar de saloio ou um coral alentejano são folclore porque sendo manifestações populares são-no de um povo que vive dentro dos padrões sociais actuais usando das conquistas técnicas universais.
 É por essa razão que os assuntos habitualmente estudados pelo folclore são: danças e canções; trajos populares; instrumentos musicais; festas, feiras, mercados e romarias; medicina popular e magia; lendas, contos e “histórias”; poesia popular; provérbios e adivinhas; jogos infantis; jogos e brincadeiras populares; usos e costumes regionais; etc...
 A etnografia e o folclore, divide-se em dois tipos de trabalho: o trabalho de campo e o trabalho de gabinete. Ao trabalho de campo, também se dá os nomes de pesquisa e recolhas. Assim, trabalho de campo, pesquisa ou recolha são uma só e a mesma coisa. Que é, portanto, o trabalho de campo? É precisamente o trabalho de pesquisa e recolha de elementos que se efectua no campo de estudo. Como é óbvio, de uma maneira geral, o campo de estudo de etnografia e do folclore situa-se nos pequenos aglomerados populacionais rurais afastados dos grandes centros. O princípio básico do trabalho de campo é saber ver, ouvir e reproduzir. Quer isto dizer que o pesquisador, o investigador de campo, tem de ser o mais objectivo possível. Em que consiste, pois, o trabalho de campo? Consiste na pesquisa e recolha de elementos, dados, informações, objectos ( documentos ) de carácter etnológico.
Como se faz essa recolha? Através de inquéritos, conversas, pedidos de informações, etc... Inquéritos, conversas, informações que terão de ser registados.
A fotografia é sempre e em todos os casos, utilíssima; hoje em dia é mesmo imprescindível. O filme é muito útil sobretudo pela noção de movimento que nos dá. Por isso é imprescindível no estudo de assuntos em que o movimento é o principal elemento: danças, práticas sociais colectivas, práticas de trabalho profissional, artesanato, etc. A gravação é hoje muito importante no estudo das expressões musicais, orais, dialectal, etc.
Trabalho de gabinete - o trabalho de gabinete é a natural sequência e consequência do trabalho de campo ou da recolha etnológica; é, portanto, o trabalho de organização, dos elementos e documentos, isto é, do material reunido na pesquisa ou recolha. Praticamente e em última análise, é o trabalho de elaboração de fichas e organização de arquivos.

                                                                                                                                                            
Cultura e Tradição

Em ciências humanas a palavra “ cultura “ não tem precisamente o mesmo significado com que a usamos na linguagem quotidiana. Na linguagem vulgar de todos os dias à ideia de cultura ligamos a ideia de grande soma de conhecimentos gerais. Por isso, uma pessoa culta é aquela que possui largos conhecimentos gerais de muitas coisas.
Em ciências humanas, “ cultura “ é tudo aquilo que um povo ou um grupo étnico adquire do passado, dos seus antepassados: a língua, usos e costumes, danças e canções, trajos, culinária, modos de vida e de trabalho, etc. Assim, e de certo modo, cultura é tradição.
Como afirmou o Dr. Ernesto Veiga de Oliveira ( em “ princípios basilares das ciências etnológicas “ - cadernos de etnografia nº 3 ), “ cultura, em etnologia, não tem o significado corrente de palavra que corresponde àquilo a que chamamos cultura superior designado os produtos da ciência e da inteligência puramente lógica, a criação artística, os requintes mais elevados do espírito e da técnica, as aquisições individuais de personalidades de excepção, que caminham na vanguarda do pensamento humano, livres de condicionamentos circunstanciais, e que são inovadores originais voltados para o futuro. Cultura, em etnologia, significa, precisamente o contrario: tudo aquilo que o indivíduo, de qualquer época histórica, seja de que nível técnico, económico e social for, recebe do meio em que nasceu, se criou, formou e vive, que pertence ao grupo de que ele faz parte, e lhe veio de fora e do passado - numa palavra, a tradição, a herança social “.
 O principal veículo da cultura é a linguagem, indispensável à comunicação dos indivíduos entre si. Outro básico veiculo da cultura é a tradição que passa de geração em geração que se mantêm os usos e costumes de cada grupo étnico ou cada grupo social. A língua e a tradição ( os usos e costumes ) estão na base de toda a cultura.



                   Nota):Estes artigos são resultado de várias pesquisas que fiz através dos novos meios  de informação tecnológicos (Internet) agora ao nosso dispor  e depois  de ler vários livros sobre antropologia, etnografia e folclore. 

( Este artigo de opinião foi publicado no "Portal do Folclore Português")
                                                    
                                                                       Manuel Abreu Castro

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Opinião sobre o estado do Folclore ( E Alguns Conselhos)



Como pessoa interessada e atenta aos usos, costumes e tradições dos nossos antepassados, resolvi dar o meu contributo (e toda gente que gosta destes temas também devia dar) para ajudar as organizações (Ranchos e Grupos Folclóricos) que divulgam e representam os modos de vida dos nossos antepassados. Todos sabemos que esses testemunhos desse tempo vão escasseando por isso à que juntar todos os testemunhos disponíveis. Eu como pessoa que gosta de etnografia e folclore, e que já passei por alguns ranchos folclóricos, além de ter feito pesquisas através de conversas com pessoas idosas (e agora também com a ajuda das novas tecnologias) e em conversas com gente jovem, cheguei a uma conclusão a qual vou dividir em três vertentes. 

Administração ou Direcções das Organizações (Ranchos E Grupos Folclóricos)

Toda a gente sabe que a maioria das administrações dos ranchos ou grupos folclóricos são compostas por gente com pouca formação, gente de origens humildes que nem tinham posses para estudar, gente que só pensava em trabalho para levar a vida e que por isso não tinha tempo para pensar na sua formação. Por esses motivos há várias administrações que gerem os ranchos ou grupos folclóricos como se geria uma associação há 40 ou mais anos atrás. Assim, encontram grandes dificuldades para se adaptarem ao modo atual de gerir e por conseguinte ter uma boa administração.
 É básico que se uma administração for deficiente se percute por toda a organização e aí começam os problemas. Há jovens que entram nestas organizações com um certo receio, quer pela inexistência de informação dos vários órgãos de comunicação, quer por certas declarações que se fazem tentando fazer do folclore “uma coisa parola”, por isso nunca chegam de início a entrar com os dois pés, só se integrando em pleno passado algum tempo e se por acaso encontrar dentro da organização quem os ajude, quem os motive e os esclareça.
            Se por acaso dentro da organização houver problemas, a sua saída é rápida e depois esses administradores não fazem uma análise exaustiva a essa saída rápida dos jovens, desculpando-se dizendo que os jovens não gostam de folclore isso é uma das piores desculpas porque tal como as declarações depreciativas ao folclore isso vai aumentando a desconfiança de outros jovens potenciais candidatos à entrada. Por isso é urgente mudar a forma de dirigir.

Pouca Democracia Dentro das Organizações (Ranchos e Grupos Folclóricos)

        Com o decorrer da nossa vida e com os anos aumentar, vamos perdendo faculdades que foram muito importantes nas nossas vidas.
Não é novidade nenhuma que há dirigentes no movimento folclórico que perpetuam os seus cargos de dirigentes, não se importando de renovar, dando uma ideia que eles são os donos da organização, não admitindo opiniões diferentes das suas.
 Por outro lado escondem dos componentes as contas da organização e o que se paga às pessoas que desempenham diversos serviços dentro da colectividade, muitas das vezes ouvimos alguns componentes dizer “ se somos precisos para arranjar dinheiro também devemos saber o dinheiro que existe “isto é mais uma prova que os dirigentes não devem esconder as contas e devem apresentar regularmente as contas a todos os componentes, porque assim estarão todos informados para quando surgir alguém que queira arranjar confusão estejam melhor preparados para não permitir que isso aconteça, e assim vão-se cativando os componentes mais jovens e integrando-os, e aproveitando-os para arranjar fundos necessários para actividade da colectividade. Por isso á que realizar periodicamente em conformidade com os estatutos eleições, e  integrar jovens nas várias listas de candidatos para que comecem a sentir a responsabilidade de dirigir, sabemos que os jovens com a sua irreverencia e o seu modo de pensar mais actual e auxiliados ela experiência dos mais velhos, iram com certeza trazer mais-valias e mais inovações para concretizar novos projectos e novos desafios.

O Desconhecimento dos Usos e Costumes e Tradições dos Nossos Antepassados

Como atrás apontei com o passar dos anos da nossa vida vamos nos acomodando e julgamos que já ensinamos tudo, puro engano.
Há muitos jovens interessados pelo uso e costumes e tradições e logo por inerência pelo folclore, mas que desconhecem totalmente usos e costumes e tradições dos nossos antepassados. Por isso teremos de ser nós os mais velhos a explicar-lhes como eram esses tempos e como se divertiam as pessoas, sem adulterar, para que assim consigamos ajudar esses jovens a ter uma boa representação desses tempos.
Sabemos por outro lado, que de vez em quando surge “gente” no movimento folclórico com ideias que nada tem a ver com a vida dos nossos antepassados e como tal adulteram tudo.
Nalguns casos alguns há conselheiros técnicos da estrutura federativa que rege o movimento folclórico, que não tem formação para tal cargo ou desconhecem os usos e costumes ancestrais da região.
A salutar rivalidade existente alguns ranchos e grupos folclóricos em diversas regiões leva certos conselheiros a tirar partido por certos ranchos ou grupos que por vezes até nem representam melhor os usos e costumes e as tradições, levando que certas  direcções ou administrações, com boas intenções a ficarem desconfiadas com essas entradas na estrutura federativa e depois houve-se dizer; “só é federado quem pagar jantares” “ a Federação não dá nada e só quer dinheiro” que as melhores actuações são para os amigos“ etc.
 Por isso a estrutura federativa terá também que mudar a mentalidade de dirigir, há que promover vários encontros abertos nas diversas regiões do pais para discutir os usos e costumes, tradições e os problemas do folclore para que assim possamos esclarecer e ajudar os jovens e para os tornar mais fortes e mais capazes de saber reconhecer como devem estar no folclore e como o devem representar, para que os  “sabichões estilistas” que aparecem no folclore e que adulteram tudo, sejam desmascarados, neste contexto a estrutura federativa  as direcções e administrações  dos grupos e ranchos tem um papel importante de esclarecimento dos jovens e assim os ajudar na sua entrada plena no folclore.
   Nota: Esta é a minha opinião é capaz de não estar completa mas com a analise e discussão de todos os folcloristas interessados estou ciente que poderá ser melhorada mas para isso peço a contribuição de todos com humildade.

 Por;Manuel Abreu Castro

Nota; ( Este artigo de opinião foi publicado no "Portal do Folclore Português")

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Trajes da Região Douro Litoral e Vareira






Algumas Imagens Antigas de Terras do Minho

Casa de Camilo Castelo Branco                  


    Em Seide S. Miguel   1916 (Antes e Depois do Incêndio)
Pelourinho ainda existente em Ruivães  V. N. Famalicão

Braga

Guimarães 1920 Campo da Feira

Algumas Tradições e Costumes do Minho

Uma Carrega de Mato

Uma Carrega de Palha

Uma Malhada do Milho
Uma Sacha de  Milho




Trajes de Guimarães

Trajes de Guimarães

Trajes de Guimarães

Trajes do Minho



 Chinelas da Região de Guimarães

quinta-feira, 5 de abril de 2012

O lenço tabaqueiro


O lenço tabaqueiro surgiu entre nós, como um acessório, no início do século XVII, em consequência directa do consumo do tabaco, hábito trazido pelos espanhóis do continente americano. O tabaco era consumido pelos povos indígenas que acreditavam nos seus poderes medicinais, razão pela qual o consumiam em ocasiões cerimoniais. Uma vez introduzido na Europa, o tabaco era mascado ou aspirado sob a forma de rapé, tornando-se um hábito social que perdurou até aos finais do século XIX, altura em que se começou a generalizar o consumo do tabaco sob a forma de cigarros.
O consumo do rapé consistia em levar o tabaco em pó às narinas a fim de ser fortemente aspirado, gesto que invariavelmente provocava o espirro ou o pingo no nariz, sendo então considerado um óptimo estimulante nasal. Esta reacção requeria naturalmente o uso de um pano, geralmente de algodão, para efeitos de higiene pessoal, o qual era então colocado à cinta ou pendurado no bolso. Com o tempo, o rapé entrou em desuso e o lenço, por razões de decoro, passou a ser dobrado e guardado no bolso. Este nada tem a ver com o costume entretanto surgido do uso de um lenço de seda ao pescoço, o qual se apresenta em substituição da secular gravata, nem tão pouco o lenço de cabeça outrora utilizado pelas mulheres.
Ao que tudo indica, foi em Alcobaça que em 1774 se instalou em Portugal a primeira fábrica de “lenços, cambraias e fazendas brancas”, ao tempo do reinado de D. José I, razão pela qual esse género de lenço também é conhecido por “O Alcobaça”. Ao longo da sua existência, produziu uma grande variedade de padrões, sendo que geralmente apresentavam fundo vermelho, azul ou amarelo, com barras de diversas cores.
Compreensivelmente, tratando-se de um objecto de higiene pessoal, a ninguém lembraria enrolar ao pescoço o referido lenço que servia precisamente para assoar o nariz do efeito provocado pelo cheiro do rapé. Apesar disso, alguém teve imaginação para o fazer, dobrando-o ao meio e atando-o ao pescoço, gesto este que se multiplicou por numerosos grupos folclóricos que o assimilaram como se de algo genuíno se tratasse ou seja, ele fosse realmente usado ao pescoço do homem no século passado. Quero dizer que os responsáveis não se deram ao trabalho de investigar, limitando-se a copiar aquilo que simplesmente os impressionou e pareceu bem.
Do ponto de vista etnográfico, não pode o traje com referência a uma determinada época e região em concreto ser apresentado de uma determinada forma ou ser-lhe acrescentado algo porque assim nos agrada, devendo limitarmo-nos a identificar como as pessoas realmente se vestiam, independentemente da eventual beleza e exuberância do vestuário que era usado. Como tal, a forma como o lenço tabaqueiro é apresentado por alguns grupos folclóricos deve ser repensada!

O lenço tabaqueiro surgiu entre nós, como um acessório, no início do século XVII, em consequência directa do consumo do tabaco, hábito trazido pelos espanhóis do continente americano. O tabaco era consumido pelos povos indígenas que acreditavam nos seus poderes