Antigamente no meio rural minhoto era generalizado o uso de uma vara
ou varapau por todos os lavradores. Levavam-na para as feiras ou
romarias ou quando se deslocavam para outras terras. Constituía um
apoio para ultrapassar obstáculos e arma de defesa para afugentar
animais ou até para se defender de assaltos que haviam também
então.
A vara ou varapau podia ter na ponta um aguilhão ou um ferro
aguçado para picar ou conduzir o gado bovino ou cavalgar. O lavrador
abastado ou mesmo a burguesia usava a vara ou o varapau com o tal
agulhão, mas era uma vara ou varapau de madeira mais fidalga e mais
forte revestida nas pontas com um tubo de ferro mais ou menos
comprido, mas só uma ponta tinha o tal aguilhão. A finalidade deste
era o mesmo das varas dos lavradores e servia muitas vezes para cenas
de pancadaria. Estas varas mais rijas serviam para destroçar todas
as outras varas devido fragilidade da madeira das mesmas. Mas também
já havia lavradores que tinham também essas varas de boa madeira e
bem reforçadas. Este adereço masculino tinha a sua simbologia.
As
varas ou varapaus também se vendiam nas feiras, pois muitos homens
desconheciam a dureza de certas madeiras. A vara ou o varapau com
aguilhão era mais personalizado. Os interessados nas varas ou
varapaus os encomendavam aos serradores e lhes pediam para serem da
melhor madeira e da sua preferência. A expressura era ou devia ser
apropriada á estrutura das suas mãos para maior agilidade e
destreza. O comprimento tinha a ver com a sua estrutura física e
também com a sua posição de apoio e descanso em pé.
Os ferreiros
eram que então aplicavam as pontas férreas com variáveis consoante
o gosto pessoal. Em Fafe eram famosas essas varas ou varapaus ainda
hoje são recordadas pelas lutas que eram travadas naquela região
não é por acaso que havia e há um slogan que ainda hoje se ouve
dizer; COM FAFE NINGUÉM FANFA.