domingo, 27 de novembro de 2011

A ORIGEM DO FADO

O fado é um estilo musical português. Geralmente é cantado por uma só pessoa (fadista) e acompanhado por guitarra clássica (nos meios fadistas denominada viola) e guitarra portuguesa.

A palavra fado vem do latim fatum, ou seja, "destino"

Uma explicação popular para a origem do fado de Lisboa remete para os cânticos dos Mouros, que permaneceram no bairro da Mouraria, na cidade de Lisboa após a reconquista Cristã. A dolência e a melancolia, tão comuns no Fado, teriam sido herdadas daqueles cantos.

No entanto o fado só passou a ser conhecido depois de 1840, nas ruas de Lisboa. Nessa época só o fado do marinheiro era conhecido, e era, tal como as cantigas de levantar ferro as cantigas das fainas, ou a cantiga do degredado, cantado pelos marinheiros na proa do navio

E com o fado surgiram os fadistas, com os seus modos característicos de se vestirem, as suas atitudes não convencionais, desafiadoras por vezes, que se viam em frequentes contendas com grupos rivais. Um fadista, ou faia, de 1840 seria reconhecido pela sua maneira de trajar:

    " Usavam boné de oleado com tampo largo, e pala de polimento, ou boné direito do feitio dos guardas municipais, com fita preta formando laço ao lado e pala de polimento;jaqueta de ganga ou jaqueta com alamares."

    " O seu penteado consistia em trazer o cabelo cortado de meia cabeça para trás, mas comprido para diante, de maneira que formasse melenas ou belezas, empastadas sobre a testa."

Na segunda metade do século XIX, surge em Lisboa, embalado nas correntes do romantismo, uma melopeia que tanto exprimia a tristeza unânime de um povo e a desilusão deste para com o ambiente instável em que vivia, como abria faróis de esperança sobre o quotidiano das gentes mais desfavorecidas e, mais tarde, penetrava ainda nos salões da aristocracia, tornando-se rapidamente uma expressão musical nacional.

Porém, é com a penetração da fidalguia nos bairros do castelo, com a presença constante dos cavalheiros e mesmo fidalgos titulares, que o fado se torna presença nos pianos dos salões aristocráticos. Tais nobres que se aventuravam naquele ambiente bairrista foram traduzindo as melodias da guitarra para as pautas das damas de sociedade, que até ali só investiam nas modinhas. Tal investidura levou a que o fado, ao passar da década de 1880, se tornasse assíduo dos salões

As tabernas, primordialmente, eram palco de encontros de fidalgos, artistas, trabalhadores da hortas, populares e estrangeiros, que se reuniam em noites de fado vadio, ou seja, o fado não profissional.

A primeira cantadeira de fado de que se tem conhecimento foi Maria Severa Onofria.
Cigana e prostituta, de família da mesma estirpe, cantava e tocava guitarra nas ruas da Mouraria, especialmente na Rua do Capelão.


Muitas pessoas hoje  tentam confundir  erradamente as canções de Coimbra como sendo  fado.Mas tem as suas origens nos estudantes da capital que levavam as suas guitarras para Coimbra.

domingo, 20 de novembro de 2011

Provérbios populares do mês de Novembro

Trinta dias tem Novembro
Abril, Junho e Setembro
de vinte e oito só há um
e os restantes têm trinta e um.

 Dia de São Martinho
lume, castanhas e vinho.

 Do São Martinho ao Natal
o médico e o boticário
enchem o bornal.

 No dia de São Martinho
vai à adega e prova o vinho

Dos Santos ao Natal
Inverno natural

Pelo São Martinho
mata o teu porquinho
e semeia o teu cebolinho

Se em Novembro
ouvires o trovão
o ano que vem será bom.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Tradições Usos e Costumes




Há 6o anos atrás ( mas segundo as pessoas mais velhas  muitos anos atrás era igual)  no dia 1 de Novembro na Região do Minho nos concelhos de Guimarães, Vila Nova de Famalicão e Santo Tirso ( não sei se nos outros era igual mas parece que era em todo o Portugal)  havia e um costume uma tradição que era executada por jovens entre os 6  e os 12 anos  e incentivada pelos pais,levantavam-se de manhã cedo  e iam pelas casas dos  lavradores e senhores abastados da freguesia  pedir os cereais de Deus. As palavras utilizadas eram  as seguintes" deia-me os ceais de Deus pelas almas de quem lá tem" se a pessoa era bondosa era agradecida com um "obrigada e que seja pelas alminhas de quem lá tem" se a pessoa não dava ouvia ouvia chamar-lhe" velhaca ou velhaco"as ofertas eram cereais secos como feijão, milho etc.Esses cereais eram para a ajuda da mantença da casa e que muito jeito dava a quem tinha muitos filhos.
Era uma tradição bonita não só  pelos cereais mas também pelo convívio que tinham com essas pessoas .
Hoje parece que esta tradição está esquecida no nosso povo embora as pessoas mais velhas ainda a lembrem com saudade. 
Nesse dia á tarde era também costume ir aos cemitérios visitar os nossos entre queridos falecidos, mas não com esta fidalguia que existe agora. Não se gastava tanto  dinheiro em flores, as pessoas traziam o que tinham em casa e  esse local de respeito  não era utilizado  como agora é para uma autentica passarele para mostrar novas roupas que é uma falta de de respeito por esse local.
Havia muito respeito nesse local e bastante silencio era local de meditação e de encontro com os nossos entre queridos falecidos.
                       
                    Como os tempos mudaram!

               Por; Manuel Abreu Castro