Muito se tem falado que nos usos e
costumes e tradições dos nossos antepassados havia uma crença nas mesinhas, rezas
e benzeduras.
A crença nessas coisas derivava no facto de
naqueles tempos não haver medicina científica, ela apareceu já mais tarde e nos grandes centros populacionais. Todos
sabemos que mesmo hoje a ciência médica está em constante evolução, mas nos
tempos remotos do passado a cura das doenças fazia-se por vias de rezas
benzeduras e chás mas também havia muitas superstições, as pessoas tinham medo
á sua própria sombra, aqui se vai apontar algumas dessas e como as pessoas as
curavam.
No âmbito das superstições
e crendices, as rezas e benzeduras eram utilizados
principalmente para curar doenças e afastar os males. Para muitos, elas eram e ainda
são mais eficazes que os remédios da “medicina científica” (por contraponto com
a “medicina popular”). Existem benzeduras
para quase tudo: cobreiro, sapão, quebranta, espinhela caída, dor de cabeça,
etc., tal como há rezas com os mais diversos objectivos: para conseguir
casamento, para dormir, para ser feliz, para abrandar os mais exaltados, etc.
Na Vila de Serzedelo Guimarães ainda hoje é costume
ver lá numa capelinha que existe de (S. Bartolomeu) bastantes casais, pais com
os filhos que estão a iniciar a dar os primeiros passos a fazer promessas cuja
promessas consiste dar três voltas á capelinha coma faca de madeira do santo na
mão da criança e bater outras três vez com a cabeça da criança levemente na
porta da capela e dar comer e
beber ás crianças no local e deixar o resto dessa comida e bebida na pequena
pia lá existente ai a promessa fica feita. Segundo os crentes a criança começa
logo a andar nos próximos dias.
Tradicionalmente,
existe todo um universo de crenças, que permanentemente ameaçam as pessoas. Uma
das mais temidas é a do "mau-olhado" que leva a toda uma série de
sintomas e malefícios. A "doença" típica provocada pelo mesmo é o "quebranto",
onde o atingido tem perda da vivacidade, olhos lacrimejantes, sonolência entre
outros. A cura só se dá através de muita benzedura. A zipela como lhe
chamavam antigamente era uma alergia que aparecia no corpo em que o corpo
ficava todo vermelho ai a Zipela era talhada com um ramo de oliveira molhado em
azeite e o curador/a prenunciava algumas frases na reza. Outro exemplo era o
tesoure-lho (uma dor no pescoço que não deixava o mesmo mover porque logo havia
dor horrível) ai era colocado o jugo dos bois no fim do trabalho dos mesmos e
ainda quente três dias seguidos.
Para acabar com o medo de uma criança
devia a mesma comer uma cabeça de galo atrás da porta.
Segundo a crença popular, não se deve brincar com a própria sombra, pois pode "trazer doença", nem contar estrelas, pois faz nascer verrugas também conhecidas por “cravos”. Deve-se evitar ter em casa búzios e caramujos ou barcos em miniatura, pois os mesmos “chamam" males. Borboletas pretas, mariposas, morcegos e cobras são animais peçonhentos que representam mau agouro, pois foram criados pelo diabo.
Se matar gatos traz sete anos de atraso na vida, já uma rapariga que pisa em cima do seu rabo não casa.
Estes são apenas alguns exemplos das infindáveis superstições e crenças que faziam e ainda fazem parte do quotidiano de muitas comunidades, particularmente as rurais, por vezes ditando normas e condutas sociais.
Segundo a crença popular, não se deve brincar com a própria sombra, pois pode "trazer doença", nem contar estrelas, pois faz nascer verrugas também conhecidas por “cravos”. Deve-se evitar ter em casa búzios e caramujos ou barcos em miniatura, pois os mesmos “chamam" males. Borboletas pretas, mariposas, morcegos e cobras são animais peçonhentos que representam mau agouro, pois foram criados pelo diabo.
Se matar gatos traz sete anos de atraso na vida, já uma rapariga que pisa em cima do seu rabo não casa.
Estes são apenas alguns exemplos das infindáveis superstições e crenças que faziam e ainda fazem parte do quotidiano de muitas comunidades, particularmente as rurais, por vezes ditando normas e condutas sociais.
Usos, Costumes
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