domingo, 3 de fevereiro de 2013

As nossas Origens

Amigos depois de fazer várias pesquisas e me dar ao trabalho de percorrer várias bibliotecas, eis um documento que acho interessante para os residentes de Oliveira Santa Maria e Castelões e para quem se interessar em saber mais um pouco da História destas  freguesias.

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Igreja de Oliveira Santa Maria
 
Vídeo do Aqueduto (Arcos) de Castelões


 Castelões e Oliveira Santa Maria do Concelho de Vila Nova de Famalicão distrito de Braga
A Igreja Paroquial é cabeça da Paróquia de Santiago de Castelões, de fundação antiquíssima, pois o primeiro documento que se lhe refere data do ano de 1033.


Este documento trata da fundação do Mosteiro de Santa Maria de Oliveira (freguesia vizinha), por Marcos Arias e sua mulher Aldosinda Juliano, senhores do Couto de Belmil (hoje São Mamede de Vermil – Guimarães) e também senhores do padroado da Igreja de Santiago de Castelões, doando-o ao referido mosteiro.
No dia 29 de Agosto de 1308, o Arcebispo de Braga Dom Martinho de Oliveira, faz nova doação da “... Ecclesia Sancti Jacobi de Castelãos. ..”, ao mesmo Mosteiro (da Ordem dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho).
Em 1599, o Mosteiro de Santa Maria de Oliveira é integrado no Real Mosteiro de São Vicente de Fora, da cidade de Lisboa, implicando também a integração de Santiago de Castelões na jurisdição deste Mosteiro.~
O edifício vem já referenciado nas Actas das Visitações de 1676, mas é com toda a certeza mais antigo. Assim por volta de 1740, “... e em consideração de ameaçar ruína e se achar indecente ...”, e como os dízimos e os foros da nossa Igreja pertenciam aos Mosteiros de Santa Maria de Oliveira e de São Vicente de Fora, o Capitão-Mor Custódio Francisco Braga, Senhor da Casa de Santiago (que trataremos mais adiante), pagou do seu bolso o restauro da frontaria e da capela-mor, “... integralmente de esquadria apilarada com grande decência e despesa de sua fazenda ... de todo perfeitamente acabadas, com perfeição, decência e correspondência à restante obra da Igreja ...”.
Ao Capitão-Mor Custódio Francisco Braga, que em virtude de ter pago as obras de restauro da Igreja e de renovação da fachada da mesma, como consta da inscrição da porta principal, foi-lhe concedido, como forma de agradecimento, duas sepulturas na capela-mor da Igreja, junto às paredes laterais; do lado do Evangelho, sepultavam-se os Senhores da Casa de Santiago, do lado da Epístola eram as Senhoras da Casa, e no meio eram sepultados os reverendos párocos, isto por despacho de 24 de Novembro de 1741 de Dom Pedro da Conceição, Dom-Prior do Real Mosteiro de São Vicente de Fora, e por outro despacho de 7 de Novembro de 1741, este assinado por Sua Alteza Real o Senhor Dom José de Bragança, Infante de Portugal e Arcebispo Primaz de Braga (irmão do Rei Dom João V).
Como as obras de arquitectura ficaram a cargo de Custódio Francisco Braga, aos Cónegos Regrantes dos Mosteiros de Oliveira e de São Vicente de Fora ficou o encargo de mandar fazer o retábulo da capela-mor e respectivo tecto, executados pelos anos de c. 1741-1742.


  Nota;  O Titulo e o sobre título foi acrescentado por mim. O resto do documento está conforme a fonte.

Um comentário:

Tradicionando disse...

Documento histórico bastante interessante. Parabéns. Um abraço